Quando eu me for
embora
não levarei nada.
Quando a hora chegar
do sono finalmente me acalmar
não deixarei nada.
Nada!
Nem casas
nem carros
nem um mínimo saldo bancário.
Nada.
Quando eu for
embora
para a cidade mágica do sono eterno
que as minhas palavras
tragam-me de volta
para aquecer
o seu coração...
Palavras.
É só o que deixarei...
JORGE LEITE DE SIQUEIRA